Ah, a Amazon e suas inovações tecnológicas… Sempre prontos para nos surpreender, não é mesmo? E quando se trata de fazer compras, quem não gostaria de simplesmente pegar o que precisa e sair andando, sem filas, sem esperas, sem interações humanas… Essa era a promessa do Amazon Just Walk Out, uma tecnologia que parecia saída diretamente de um episódio de Black Mirror, mas com um toque mais capitalista e menos distópico (ou, pelo menos, era o que imaginávamos).
Lançado em 2016 nos EUA, o Just Walk Out prometia revolucionar o jeito como fazemos compras. Bastava entrar na loja, escanear um QR code e sair com suas compras, enquanto câmeras e sensores mágicos cuidavam de tudo. Parece perfeito, não? Bom, a realidade, como sempre, tinha um “pequeno” detalhe que a Amazon esqueceu de mencionar nas letras miúdas.
“Inteligência Artificial” da Índia
Enquanto os clientes desfrutavam da ilusão de uma experiência de compra totalmente automatizada, mais de 1.000 pessoas na Índia estavam ocupadas assistindo e etiquetando vídeos para garantir que os checkouts fossem precisos. Sim, você leu certo. A tecnologia futurista que supostamente eliminaria a necessidade de caixas humanos na verdade os tinha. Só que agora eles estavam escondidos, observando cada movimento dos clientes a milhares de quilômetros de distância. Essa é a privacidade na era digital…
A volta dos que não foram
No entanto, a Amazon decidiu que era hora de seguir em frente. Ou melhor, voltar atrás. A empresa está gradualmente abandonando o Just Walk Out em favor dos Dash Carts, carrinhos inteligentes que permitem que você faça o checkout enquanto faz suas compras. Parece que a solução “mais confiável” envolve trazer a tecnologia e as telas para bem mais perto de você, literalmente no carrinho de compras.
A tecnologia Just Walk Out até impressiona, é bem verdade. Mas seu real legado é nos lembrar de que, no final das contas, por trás de cada grande inovação tecnológica, há sempre um exército de humanos, muitas vezes invisíveis, garantindo que tudo funcione como deveria. E talvez, só talvez, essa constante busca por conveniência tenha um preço que vai além do que pagamos no checkout.
LEIA MAIS:
