A Neuralink anuncia teste em humanos. E agora?

Aonde estão meus olhos de robô? A Neuralink, empresa do polêmico bilionário Elon Musk, anunciou na última semana que pretende testar o seu implante cerebral em humanos em 2023. A etapa é sequência do trabalho desenvolvido pela empresa, que testou o chip em macacos no ano passado.

Embora a Neuralink ganhe as manchetes globais, a tecnologia envolvida não é exatamente nova. Testes com os BCI, brain-computer interface (interface cérebro-computador) são realizados pela comunidade científica desde os anos 60. Jogar “Pong”, o teste feito pela Neuralink com o macaco, foi realizado com sucesso por um humano em 2005.

Por que tanto foco nas ações de Musk, então? O magnata faz promessas revolucionárias, como curar paralisia e cegueira, por exemplo. Algumas metas, inclusive, são tidas como irrealistas. Combine isso com um ambiente profissional tóxico – que agora sabemos que Elon é capaz de proporcionar e a receita para o insucesso está pronta.

Ex-funcionários de Musk criticaram o magnata – não é novidade.

Dois ex-membros do alto escalão da Neuralink, Max Hodak e Benjamin Rapoport, fundaram, respectivamente, a Science Corp e a Precision Neuroscience, companhias focadas no desenvolvimento de tecnologia BCI. A Precision Neuroscience está desenvolvendo um novo modelo de implante cerebral, enquanto a Science Corp tem planos para elaborar uma tecnologia capaz de recuperar a visão em deficientes. Reconhece o tema?

A Neuralink que desenvolver os implantes cerebrais e comercializá-los em larga escala em um futuro recente. É possível, claro, apesar dos atrasos (o teste em humanos era previsto para 2020). Para isso, no entanto, a empresa deve encarar algumas tensões éticas – em todas as etapas do processo.

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